Arquivos anuais: 2018
Vidas barradas de Belo Monte
Minha reportagem do The Guardian foi publicada em português no UOL: como um povo da floresta foi convertido em pobre na cidade mais violenta do Brasil. E hoje reivindica “desconversão”, questionando assim o próprio conceito do que é ser rico e do que é ser pobre.
Fotos de Lilo Clareto
Leia a reportagem completa AQUI.
“Fui morto na internet como se fosse um zumbi da série The Walking Dead”
“Fui morto na internet como se fosse um zumbi da série The Walking Dead”
Na minha primeira coluna do ano no El País, entrevistei Wagner Schwartz, o artista que apresentou a performance “La Bête”, no MAM de São Paulo, e foi atacado como pedófilo no obscurantismo do ano de 2017.
“Na internet, fui morto, como se matam os zumbis da série The Walking Dead. Logo depois, disseram que eu havia me suicidado. Customizaram a violência, com o intuito de tornar real a intenção fabulada nos seriados via streaming. Criaram mortes tão reais para mim quanto as que podem virar filmes. Aproximaram a ficção da vida off-line. O sangue na tela parece feito de pixel.”
Quem vai responder pelo que fizeram com sua vida?
Leia no El País
“Sabe o que é ser pobre? É não poder escolher”
Nesta terça-feira (6 de fevereiro de 2018), o Conselho Ribeirinho, uma experiência inédita, está em Brasília reivindicando um território coletivo para resgatar sua identidade e seu modo de vida. Eles foram convertidos pelo processo de Belo Monte em pobres urbanos nas periferias de Altamira. Em Brasília, levam uma mensagem forte: querem deixar de ser pobres urbanos e voltar à vida rica da floresta. Ao fazê-lo, confrontam a própria ideia do que é ser pobre e do que é ser rico.
Sobre este tema, confira a minha reportagem no The Guardian:
They owned an island, now they are urban poor: the tragedy of Altamira
(Eles tinham uma ilha, agora são pobres urbanos: a tragédia de Altamira)