No dia 4 de novembro de 2021, a Companhia das Letras promoveu um bate-papo de lançamento do livro “Banzeiro òkòtó – Uma viagem à Amazônia Centro do Mundo”, com a autora Eliane Brum e convidades da floresta.
Assista AQUI:
No dia 4 de novembro de 2021, a Companhia das Letras promoveu um bate-papo de lançamento do livro “Banzeiro òkòtó – Uma viagem à Amazônia Centro do Mundo”, com a autora Eliane Brum e convidades da floresta.
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La COP26 solo tendrá éxito si los negociadores huelen la sangre y las cenizas de una Amazonia cerca del fin
(coluna no El País Espanha. Só em espanhol)
A Vogue me pediu um texto sobre Banzeiro òkòtó. Aqui está.
“Caminho pela trilha de terra que leva ao rio Xingu, como faço todos os finais de tarde com meus cachorros, Babaju e Flora. Abro o portão azul da minha casa de roça, os cachorros disparam. Eu sigo devagar. Uso esse tempo para desatar a cabeça e buscar respostas que só encontro quando aceito perder o controle dos pensamentos. Naquele dia, eu buscava a resposta para este texto. Ouço então um latido diferente, algo agitou os cachorros. Pode ser um tatu ou um camaleão ou até mesmo uma paca. Ou uma jararaca ou coral, elas têm aparecido com as chuvas. Me apresso e então me deparo com o caminho barrado por um tucum, árvore da família das palmeiras. Tento encontrar um jeito de levantar o emaranhado de galhos porque quero passar. Mas tudo o que consigo é encher a mão de espinhos. Voltamos, eu e os cachorros, de repente roubados e perdidos. O rio está logo ali, mas já não podemos alcançá-lo. Mais tarde vou descobrir que o tucum era um cadáver recém-assassinado, o vizinho tinha aberto uma estrada e derrubado um pedaço da mata. Havia um mundo ali pela manhã. E à tarde já não havia mais. É assim que somem os mundos da gente. E somem as gentes do mundo.”
Leia o texto completo AQUI.
No domingo dei uma entrevista sobre meu novo livro para a ótima Petria Chaves na CBN. Se quiserem ouvir, está AQUI.