Arquivos Mensais:novembro 2016
O ritmo da fome não é o da burocracia
Apoiados pela SBPC, refugiados de Belo Monte dão uma aula sobre tempo e palavra – e exigem o direito de viver

Centenas de ribeirinhos vão à audiência pública exigir seus direitos violados pela hidrelétrica de Belo Monte. LILO CLARETO (Arquivo Pessoal)
Tem algo muito importante acontecendo neste momento no Xingu. E, como sempre, longe demais dos espasmos do centro-sul.
E acontece porque uma barreira foi rompida: a universidade fez o movimento, foi olhar Belo Monte de perto. E se juntar às vozes das pessoas mais invisíveis desse processo de violências: os ribeirinhos. A palavra escrita, aquela que tem violentado os povos da floresta, dialogou com a palavra oral. Desta vez, um diálogo sem subalternos. E realizou o que para mim é uma das poucas coisas bonitas que aconteceram em 2016.
O que acontecerá lá a partir de agora depende também de o quanto cada um de nós está disposto a fazer o movimento. E tornar o “território ribeirinho” possível. Essa palavra é verbo – e se conjuga no plural.
Leia na minha coluna no El País
O amanhã não pode ser apenas inverno
O desafio deste momento talvez seja o de descobrir como é possível criar uma utopia a partir do excesso de lucidez.

Cena da sexta temporada de ‘Game of Thrones’.
Minha coluna no El País:
É brutal conjugar a vida no presente quando a ideia de futuro é uma distopia. Para que a vida seja possível no presente é preciso ser capaz de imaginar não apenas um futuro onde se possa viver, mas um pouco mais: um futuro onde se queira viver. A pergunta difícil deste momento é: isso ainda é uma possibilidade?
Leia o texto completo AQUI
O amanhã não pode ser apenas inverno
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