A Academia do Oscar fez justiça ao expulsar Polanski e Cosby por crimes contra as mulheres?

Bill Cosby y Roman Polanski, en imágenes de 2006 y 2017, respectivamente AP (Reprodução El País)

Bill Cosby y Roman Polanski, en imágenes de 2006 y 2017, respectivamente AP (Reprodução El País)

As mulheres, tantas vezes chamadas de putas, vagabundas, bruxas, tantas vezes socialmente condenadas e excluídas por isso, impedidas de se expressar, barradas em seus desejos, enclausuradas como loucas, conhecem melhor do que ninguém o que é a morte em vida. A morte pelo ostracismo e pela exclusão. O peso de um linchamento público. A invisibilidade mesmo sendo visível. O vazio de ser condenada a não ser vista pelo outro, pelos outros. A voz que grita e que mesmo assim não é escutada.

A experiência das mulheres de ser violentada de tantas maneiras neste mundo, uma delas pelo silêncio diante de seus gritos, deve nos ajudar a querer justiça para os assediadores, abusadores e estupradores – mas nunca, jamais vingança. A vingança não nos merece.

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