Bolsonaro já mostrou que fará qualquer coisa para manter sua popularidade ativa e, assim, permanecer no poder. Poderia ser uma contradição. Afinal, se a situação do Brasil não melhorar, não há popularidade que se sustente. Bolsonaro, porém, faz parte de um fenômeno mais amplo: as escolhas são determinadas pela fé, não pela razão. É o mesmo mecanismo que faz com que as pessoas acreditem, em 2019, que a Terra é plana, que o mundo está ameaçado pelo “comunismo” e que, como garante o chanceler de Bolsonaro, o aquecimento global é um complô de esquerda.
As eleições e o cotidiano têm sido determinados por uma interpretação religiosa da realidade. A adesão pela fé é um fenômeno mais amplo e não necessariamente ligado a um credo, já que há muitos ateus que se comportam como crentes. Na época em que a verdade passou a ser uma escolha pessoal, porém, como fazer a democracia valer?
Al tomar decisiones basándose en los gritos en las redes sociales, Jair Bolsonaro corrompe la democracia
Leia na minha coluna no El País de Madri (em espanhol)
Leia na minha coluna no El País (em português)