Desponta uma cabecinha. Brotando da areia. Ploft.
Ela é pouco maior do que uma unha. Mas uma unha é capaz de esmagá-la. Sou o primeiro ser vivo que ela vê, meu olhar seu primeiro contato com o mundo de fora, o planeta que fica além da areia. Vida com vida.
O êxtase é todo meu, ela pode estar apenas assustada. Ou curiosa. Ainda no lado de dentro, há o restante de seu pequeno corpo. Abra seu polegar e seu indicador, mas não muito, e você saberá o tamanho dela. Vou chamá-la de Alice, porque nós, humanos, gostamos de nomear. Mas ela deve se conhecer por caminhos que desconhecemos.
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