Apoiados pela SBPC, refugiados de Belo Monte dão uma aula sobre tempo e palavra – e exigem o direito de viver

Centenas de ribeirinhos vão à audiência pública exigir seus direitos violados pela hidrelétrica de Belo Monte. LILO CLARETO (Arquivo Pessoal)
Tem algo muito importante acontecendo neste momento no Xingu. E, como sempre, longe demais dos espasmos do centro-sul.
E acontece porque uma barreira foi rompida: a universidade fez o movimento, foi olhar Belo Monte de perto. E se juntar às vozes das pessoas mais invisíveis desse processo de violências: os ribeirinhos. A palavra escrita, aquela que tem violentado os povos da floresta, dialogou com a palavra oral. Desta vez, um diálogo sem subalternos. E realizou o que para mim é uma das poucas coisas bonitas que aconteceram em 2016.
O que acontecerá lá a partir de agora depende também de o quanto cada um de nós está disposto a fazer o movimento. E tornar o “território ribeirinho” possível. Essa palavra é verbo – e se conjuga no plural.
Leia na minha coluna no El País