Apoiados pela SBPC, refugiados de Belo Monte dão uma aula sobre tempo e palavra – e exigem o direito de viver
Tem algo muito importante acontecendo neste momento no Xingu. E, como sempre, longe demais dos espasmos do centro-sul.
E acontece porque uma barreira foi rompida: a universidade fez o movimento, foi olhar Belo Monte de perto. E se juntar às vozes das pessoas mais invisíveis desse processo de violências: os ribeirinhos. A palavra escrita, aquela que tem violentado os povos da floresta, dialogou com a palavra oral. Desta vez, um diálogo sem subalternos. E realizou o que para mim é uma das poucas coisas bonitas que aconteceram em 2016.
O que acontecerá lá a partir de agora depende também de o quanto cada um de nós está disposto a fazer o movimento. E tornar o “território ribeirinho” possível. Essa palavra é verbo – e se conjuga no plural.
Leia na minha coluna no El País