Bolsonaro e o bolsonarismo continuam tentando – e conseguindo – sequestrar o tempo e nos submeter ao seu cotidiano perverso para que sigamos apenas reagindo. Se o golpe não pôde ser consumado, ele já serviu para atrasar todas as ações e debates urgentes do Brasil. Até posses de ministros, como a de Sonia Guajajara no novo Ministério dos Povos Indígenas, tiveram que ser adiadas. A situação de catástrofe devido à invasão de garimpeiros nos territórios Yanomami, Munduruku e Kayapó continua se agravando a cada dia. Ameaçados de morte por grileiros, como o líder camponês Erasmo Theofilo, a quilombola Natalha Theofilo e suas quatro crianças pequenas seguem refugiados para não serem mortos. É preciso retomar o controle do debate e dos dias. Para isso, é preciso punir exemplarmente, a começar pelo chefe dos terroristas, o extremista de direita e ex-presidente Jair Bolsonaro.
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