É isso que diremos aos nossos filhos, que vamos esperar passivamente Bolsonaro nos matar a todos?
Leia no El País
É isso que diremos aos nossos filhos, que vamos esperar passivamente Bolsonaro nos matar a todos?
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O Brasil abriu a semana com a morte de Aldir Blanc, o poeta que, em uma das canções mais pungentes contra a ditadura militar, escreveu: “a esperança equilibrista sabe que o show de todo artista tem que continuar”. Morto aos 73 anos por covid-19, o show de Aldir Blanc não pôde continuar. A esperança já não consegue se equilibrar no Brasil e deslizou para o abismo. O país de Aldir Blanc e todo o seu imaginário foram mortos pelo perverso que se embriaga com a própria boçalidade, espirra e aperta com dedos lambuzados as mãos de seus seguidores. E então diz, diante das milhares de vítimas da pandemia e de sua irresponsabilidade: “E daí?”. A morte do poeta oficializa que o Brasil continental perdeu seu continente ―sua carne, sua alma e seus contornos― e a poesia já não nasce.
Leia na minha coluna no El País (em português e em espanhol)
Altamira enfrenta um aumento avassalador de suicídios de crianças e adolescentes em 2020: 9 mortes entre os 11 e os 19 anos. Nos quatro primeiros meses, o número geral de pessoas que tiraram a própria vida já é quase o triplo da média anual do Brasil
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No passado, as doenças trazidas pelos invasores europeus dizimaram 95% da população indígena. Hoje, com o coronavírus, é hora de a Europa se responsabilizar pelos crimes históricos que a enriqueceram e ajudar os povos indígenas a barrar os invasores de seus corpos.
Leia na minha coluna no El País (em espanhol)