Europa, pare de importar o desmatamento!

Os cientistas apelam à União Europeia para que tome medidas econômicas e pressione o governo brasileiro a deixar de destruir a Amazônia.

Madera procedente de la selva amazónica brasileña. (Foto: Wilson Dias/Reprodução do El País)

Madera procedente de la selva amazónica brasileña. (Foto: Wilson Dias/Reprodução do El País)

¡Europa, para de importar deforestación!

 

Los científicos instan a la Unión Europea a tomar medidas económicas que presionen al Gobierno brasileño para que deje de destruir la Amazonia

Leia no El País (em espanhol)

O “mártir” governa

Enquanto o novelão se desenrola, capturando e desviando a atenção do país, o “mártir” governa. E como governa. O projeto autoritário que Bolsonaro representa avança a cada dia sobre o Brasil com velocidade assombrosa.

Bolsonaro e o Comandante do Exército, Edson Pujol, durante cerimônia em Brasília no dia 17 de abril (Sérgio Lima/ AFP/Reprodução do El País)

Bolsonaro e o Comandante do Exército, Edson Pujol, durante cerimônia em Brasília no dia 17 de abril (Sérgio Lima/ AFP/Reprodução do El País)

Quem aponta “paralisia” na antipresidência de Bolsonaro está cego – ou se faz de cego – para a velocidade assombrosa da implantação do projeto autoritário

Leia no El País em português e em espanhol

 

Cem dias sob o domínio dos perversos

Os 100 dias do Governo Bolsonaro fizeram do Brasil o principal laboratório de uma experiência cujas consequências podem ser mais destruidoras do que mesmo os mais críticos previam. Não há precedentes históricos para a operação de poder de Jair Bolsonaro (PSL). Ao inventar a antipresidência, Bolsonaro forjou também um governo que simula a sua própria oposição. Ao fazer a sua própria oposição, neutraliza a oposição de fato. Ao lançar declarações polêmicas para o público, o governo também domina a pauta do debate nacional, bloqueando qualquer possibilidade de debate real. O bolsonarismo ocupa todos os papéis, inclusive o de simular oposição e crítica, destruindo a política e interditando a democracia. Ao ditar o ritmo e o conteúdo dos dias, converteu um país inteiro em refém.

A violência de agentes das forças de segurança do Estado nos primeiros 100 dias do ano, como a execução de 11 suspeitos em Guararema (SP), pela polícia militar, e os 80 tiros disparados contra o carro de uma família por militares no Rio de Janeiro, pode apontar a ampliação do que já era evidente no Brasil: a licença para matar. Mais frágeis entre os frágeis, os ataques a moradores de rua podem demonstrar uma sociedade adoecida pelo ódio: em apenas três meses e 10 dias, pelo menos oito mendigos foram queimados vivos no Brasil. Bolsonaro não puxou o gatilho nem ateou fogo, mas é legítimo afirmar que um Governo que estimula a guerra entre brasileiros, elogia policiais que matam suspeitos e promove o armamento da população tem responsabilidade sobre a violência.

Este artigo é dividido em três partes: perversão, barbárie e resistência

Jair Bolsonaro durante cerimônia de promoção de generais no Palácio do Planalto, em Brasília (Foto: Adriano Machado/Reuters/Reprodução do El País)

Jair Bolsonaro durante cerimônia de promoção de generais no Palácio do Planalto, em Brasília (Foto: Adriano Machado/Reuters/Reprodução do El País)

A vida no Brasil de Bolsonaro: um Governo que faz oposição a si mesmo como estratégia para se manter no poder, sequestra o debate nacional, transforma um país inteiro em refém e estimula a matança dos mais frágeis

Leia na minha coluna no El País 

Em português
Em espanhol 

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