Mourão, o moderado

A volta dos generais ao poder no governo do capitão que vai virando o bode na sala

O vice-presidente Hamilton Mourão acena ao deixar o Palácio do Planalto no dia 24 de janeiro fFoto: Adriano Machado/Reuters (Reprodução do El País)

O vice-presidente Hamilton Mourão acena ao deixar o Palácio do Planalto no dia 24 de janeiro (Foto: Adriano Machado/Reuters – Reprodução do El País)

Leia na minha coluna no El País

O chanceler quer apagar a história do Brasil

O chanceler de Bolsonaro exalta um momento da história do Brasil em que as elites se empenham em criar uma identidade nacional depois de o país ter sido colônia de Portugal. Araújo parece acreditar — ou quer que acreditemos — que o governo Bolsonaro está promovendo “o renascimento político e espiritual” do Brasil, como ele escreveu em um artigo. Ou, como afirmou em seu discurso de posse: “Reconquistar o Brasil e devolver o Brasil aos brasileiros”. Araújo quer que acreditemos que tudo o que aconteceu entre a independência do Brasil, a de 1822 — e a nova independência do Brasil, a que ele acredita estar sendo liderada pelo seu chefe, em 2019 — não existiu.

O ideólogo do governo parece sugerir que esse hiato de dois séculos foi um tempo de perdição do Brasil de si mesmo. “O presidente Bolsonaro disse que nós estamos vivendo o momento de uma nova Independência. É isso que os brasileiros profundamente sentimos”, afirma Araújo, que acredita ainda que suas cordas vocais libertam a voz do povo. Bolsonaro seria então uma versão contemporânea de Dom Pedro I, com sua espada em riste para libertar o Brasil. Não mais diante do riacho Ipiranga, agora no espelho d’água do Planalto.

Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil (Reprodução do El País)

Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil (Reprodução do El País)

O chanceler quer apagar a história do Brasil

Como o ideólogo do governo Bolsonaro usa José de Alencar para pregar a assimilação dos indígenas e justificar a abertura de suas terras para o agronegócio

Leia na minha coluna no El País 

A política do apocalipse

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP - Reprodução do El País

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP (Reprodução do El País)

La política del apocalipsis

El Gobierno de Bolsonaro se perfila como un capitalismo mesiánico, para abarcar todas las combinaciones ideológicas

Leia na minha coluna no El País (somente em espanhol)

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