La decisión sobre la hidroeléctrica puede ser la oportunidad del presidente de cambiar su legado en la Amazonia
Leia em El País (somente em espanhol)
Em entrevista exclusiva a SUMAÚMA, Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, fala sobre temas espinhosos como a exploração de combustíveis fósseis na foz do Amazonas e a renovação da licença de operação da desastrosa hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu
ELIANE BRUM
BRASÍLIA
13 março 2023
Até chegar à sala de Marina Silva, no Ministério do Meio Ambiente e (felizmente, agora também) Mudança do Clima, passei por vários funcionários empolgados. Há uma visível animação nos corredores do prédio modernista da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Para aqueles que sobreviveram aos anos de Jair Bolsonaro e seus ministros contra o meio ambiente, Ricardo Salles e o menos histriônico – mas não menos destrutivo – Joaquim Álvaro Pereira Leite, a mudança é tão radical que nem parece o mesmo prédio. Para os que chegaram agora ou retornaram depois do longo e tenebroso inverno que durou quatro anos que pareceram 40, a ideia de poder voltar a trabalhar a favor do meio ambiente vira essa alegria que é potência de agir, tão presente na floresta amazônica. E isso mesmo sabendo que voltaram para terra literalmente arrasada e que os desafios são imensos. Seriam em qualquer contexto, mas se tornam muito maiores numa estrutura material e humana “amputada”, reproduzindo a palavra que a ministra usa na entrevista a seguir, e com um orçamento que, apesar do aumento conquistado durante a transição, ainda é muito menor do que as necessidades.
Leia a entrevista em SUMAÚMA
El evento extremo que arrasó la costa de São Paulo en Carnaval reveló lo peor del nuevo ‘apartheid’
Era Carnaval. Y no cualquier Carnaval, sino el primero del Brasil libre de Jair Bolsonaro. São Paulo, la mayor ciudad del país, se entregó a las comparsas carnavalescas. Y los que preferían escapar del ruido se dirigieron a la costa norte para descansar durante el festivo. Y entonces las colinas se vinieron abajo.
ELIANE BRUM
ALTAMIRA/PARÁ
26 fevereiro 2023
Ao pisar nesta segunda-feira, dia 27 de fevereiro, no Vale do Javari, Beatriz Matos estará entrelaçando vários fios de sua vida. Foi ali que ela se apaixonou pela floresta amazônica, a partir de 2004, foi ali que ela se encantou pela fronteira cosmopolita onde se encontram e dialogam vários mundos indígenas, foi ali que ela conheceu Bruno Pereira e ambos foram tomados por uma paixão “avassaladora”, foi ali que construíram uma casa e onde sonharam viver com os dois filhos com nomes que homenageiam indígenas. E foi ali que, em junho do ano passado, Bruno foi assassinado, esquartejado e queimado quando fazia uma expedição junto com o jornalista britânico Dom Philips. É muito. E Beatriz não sabe como lidará com esse tanto, porque desde que o horror aconteceu, ela busca dar conta de um dia de cada vez. Beatriz sabe, porém, o que fará ali. E isso, em suas palavras, a enche de “animação e esperança”.
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