“Se me matam, o homem branco me converte em símbolo”
O intelectual yanomami Davi Kopenawa denuncia o projeto de destruição da Amazônia do presidente do Brasil.
Leia no El País (em espanhol)
“Se me matam, o homem branco me converte em símbolo”
O intelectual yanomami Davi Kopenawa denuncia o projeto de destruição da Amazônia do presidente do Brasil.
Leia no El País (em espanhol)
Os cientistas apelam à União Europeia para que tome medidas econômicas e pressione o governo brasileiro a deixar de destruir a Amazônia.
Los científicos instan a la Unión Europea a tomar medidas económicas que presionen al Gobierno brasileño para que deje de destruir la Amazonia
Leia no El País (em espanhol)
Enquanto o novelão se desenrola, capturando e desviando a atenção do país, o “mártir” governa. E como governa. O projeto autoritário que Bolsonaro representa avança a cada dia sobre o Brasil com velocidade assombrosa.
Quem aponta “paralisia” na antipresidência de Bolsonaro está cego – ou se faz de cego – para a velocidade assombrosa da implantação do projeto autoritário
Leia no El País em português e em espanhol
Os 100 dias do Governo Bolsonaro fizeram do Brasil o principal laboratório de uma experiência cujas consequências podem ser mais destruidoras do que mesmo os mais críticos previam. Não há precedentes históricos para a operação de poder de Jair Bolsonaro (PSL). Ao inventar a antipresidência, Bolsonaro forjou também um governo que simula a sua própria oposição. Ao fazer a sua própria oposição, neutraliza a oposição de fato. Ao lançar declarações polêmicas para o público, o governo também domina a pauta do debate nacional, bloqueando qualquer possibilidade de debate real. O bolsonarismo ocupa todos os papéis, inclusive o de simular oposição e crítica, destruindo a política e interditando a democracia. Ao ditar o ritmo e o conteúdo dos dias, converteu um país inteiro em refém.
A violência de agentes das forças de segurança do Estado nos primeiros 100 dias do ano, como a execução de 11 suspeitos em Guararema (SP), pela polícia militar, e os 80 tiros disparados contra o carro de uma família por militares no Rio de Janeiro, pode apontar a ampliação do que já era evidente no Brasil: a licença para matar. Mais frágeis entre os frágeis, os ataques a moradores de rua podem demonstrar uma sociedade adoecida pelo ódio: em apenas três meses e 10 dias, pelo menos oito mendigos foram queimados vivos no Brasil. Bolsonaro não puxou o gatilho nem ateou fogo, mas é legítimo afirmar que um Governo que estimula a guerra entre brasileiros, elogia policiais que matam suspeitos e promove o armamento da população tem responsabilidade sobre a violência.
Este artigo é dividido em três partes: perversão, barbárie e resistência
A vida no Brasil de Bolsonaro: um Governo que faz oposição a si mesmo como estratégia para se manter no poder, sequestra o debate nacional, transforma um país inteiro em refém e estimula a matança dos mais frágeis
Leia na minha coluna no El País
A falsificação do passado como projeto de governo transforma o Brasil na vitrine radical de um fenômeno mais amplo. Do Brexit ao trumpismo, o debate do presente abandonou o horizonte do futuro para se dedicar a passados que nunca existiram.
Solo la política puede articular un esfuerzo global reconociendo la realidad común de una especie que necesita unirse más allá de las fronteras
Leia no El País (em espanhol)