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EU + UM + UM + UM+
A RESPONSABILIDADE DE CADA UM NA LUTA CONTRA A DESTRUIÇÃO DO BRASIL
Desculpa, mas não há desculpa. Não basta você ficar no sofá tuitando ou feicibucando enquanto os direitos são apagados e o autoritarismo se instala no Brasil. Não dá para terceirizar luta e posição na vida. O problema também é seu. O que está em curso não acaba em quatro anos. O que se destrói hoje levou décadas para ser construído. As consequências são rápidas, algumas imediatas. Destroem primeiro os mais frágeis, depois (quase) todos. E, a não ser que você concorde com o que o presidente contra o Brasil está fazendo em seu nome, é com você ser +um e chamar +um.
Leia na minha coluna no El País
Cem dias sob o domínio dos perversos
Cem dias sob o domínio dos perversos
Os 100 dias do Governo Bolsonaro fizeram do Brasil o principal laboratório de uma experiência cujas consequências podem ser mais destruidoras do que mesmo os mais críticos previam. Não há precedentes históricos para a operação de poder de Jair Bolsonaro (PSL). Ao inventar a antipresidência, Bolsonaro forjou também um governo que simula a sua própria oposição. Ao fazer a sua própria oposição, neutraliza a oposição de fato. Ao lançar declarações polêmicas para o público, o governo também domina a pauta do debate nacional, bloqueando qualquer possibilidade de debate real. O bolsonarismo ocupa todos os papéis, inclusive o de simular oposição e crítica, destruindo a política e interditando a democracia. Ao ditar o ritmo e o conteúdo dos dias, converteu um país inteiro em refém.
A violência de agentes das forças de segurança do Estado nos primeiros 100 dias do ano, como a execução de 11 suspeitos em Guararema (SP), pela polícia militar, e os 80 tiros disparados contra o carro de uma família por militares no Rio de Janeiro, pode apontar a ampliação do que já era evidente no Brasil: a licença para matar. Mais frágeis entre os frágeis, os ataques a moradores de rua podem demonstrar uma sociedade adoecida pelo ódio: em apenas três meses e 10 dias, pelo menos oito mendigos foram queimados vivos no Brasil. Bolsonaro não puxou o gatilho nem ateou fogo, mas é legítimo afirmar que um Governo que estimula a guerra entre brasileiros, elogia policiais que matam suspeitos e promove o armamento da população tem responsabilidade sobre a violência.
Este artigo é dividido em três partes: perversão, barbárie e resistência
A vida no Brasil de Bolsonaro: um Governo que faz oposição a si mesmo como estratégia para se manter no poder, sequestra o debate nacional, transforma um país inteiro em refém e estimula a matança dos mais frágeis
Leia na minha coluna no El País
Bolsonaro manda festejar o crime
É possível o Brasil comemorar oficialmente, como ato de governo, a tortura e o assassinato de civis e seguir reconhecido como uma democracia?
Não, não é possível.
Ao determinar a comemoração do golpe militar de 1964, o antipresidente busca manter o ódio ativo e barrar qualquer possibilidade de justiça
Leia na minha coluna no El País