O que significa cuidar de um filho numa pandemia?

Estamos num impasse diante da próxima geração, da qual somos todos pais. Dividi o que tenho pensado em parceria com outras mulheres, especialmente com as psicanalistas Luciana Pires e Ilana Katz, em quatro partes: 1) onde estamos metidos; 2) o que um adulto faz numa situação dessas; 3) abrir ou fechar as escolas, eis a falsa questão; 4) o que as crianças podem ensinar aos adultos. (O El País mantém abertos os textos sobre coronavírus. Então, é só clicar no link.)

Confinado, garoto de cinco anos exibe desenho da janela de seu apartamento em Zenica (Bósnia e Herzegovina). Série mostra crianças isoladas pelo mundo e suas imagens da pandemia —Ilhan desenhou bombeiros, profissionais essenciais e "seus heróis". DADO RUVIC / REUTERS (Reprodução do El País)

Confinado, garoto de cinco anos exibe desenho da janela de seu apartamento em Zenica (Bósnia e Herzegovina). Série mostra crianças isoladas pelo mundo e suas imagens da pandemia —Ilhan desenhou bombeiros, profissionais essenciais e “seus heróis”. DADO RUVIC / REUTERS (Reprodução do El País)

Leia no El País 

Pesquisa revela que Bolsonaro executou uma “estratégia institucional de propagação do coronavírus”

Peço toda a atenção para essa matéria exclusiva que acabamos de publicar: pesquisa de mais de 3 mil normas federais sobre a covid-19 revela “estratégia institucional de propagação do vírus” por Bolsonaro e seu Governo. Leiam até o fim, acessem os documentos, é aterrador.

Manifestante protesta contra o presidente Jair Bolsonaro na frente do Planalto, no último sábado. ERALDO PERES /AP (Reprodução do El País)

Manifestante protesta contra o presidente Jair Bolsonaro na frente do Planalto, no último sábado. ERALDO PERES /AP (Reprodução do El País)

Leiam na minha coluna no El País

 (em português, em francês, em inglês e em espanhol).

Como pode uma empresa controlar a vida e a morte?

A guerra da humanidade em transe climático está se passando na Volta Grande do Xingu, agora, em miniatura. Entre os que são natureza —e os que esvaziam a natureza e a convertem em mercadoria. Entre os que chamam o que é vivo de “recurso”— e os que chamam o que é vivo de “vivo”.
Para entender como o capitalismo neoliberal converte a Amazônia em um laboratório de catástrofe climática repetindo o que faz com a nossa vida todos os dias.

Árvores mortas no rio Xingu. LILO CLARETO (Reprodução do El País)

Árvores mortas no rio Xingu. LILO CLARETO (Reprodução do El País)

Leia no El País 

1000 dias sem Marielle

marielleHoje, há 1000 dias sem Marielle Franco e Anderson Gomes, estamos juntos lembrando e fazendo lembrar, estamos juntos exigindo justiça. E, por estarmos juntos, somos mais potentes.

Somos +um+um+… O que fazemos, hoje, juntos, é dizer: não esqueceremos nem deixaremos esquecer.

Lembrar, fazer memória da execução de uma mulher, negra, LGBTQIAS+, criada na favela, que ousou fazer política no centro, desafiando os donos do poder e as milícias, é gesto coletivo de resistência. Estamos dizendo que não aceitamos mais um país em que uma parte da população é “matável” por sua cor, por seu gênero, por sua orientação sexual, por sua classe social. Estamos dizendo que o genocídio negro e indígena tem que parar. Ao pedirmos justiça por Marielle estamos pedindo justiça por Marielle, estamos pedindo justiça por Anderson e estamos pedindo justiça por todos os que foram assassinados por sua cor, por sua orientação sexual, por sua origem social, por seu gênero, por suas lutas políticas.
A investigação sobre a execução de Marielle já lançou luz sobre o crime organizado, em especial as milícias, no Rio. Identificar, julgar e responsabilizar os mandantes do assassinato de Marielle Franco vai, ao mesmo tempo, revelar ainda mais o Brasil e também mudar o Brasil.
A responsabilização ou a não responsabilização dos mandantes da execução de Marielle determinará que país seremos e também que povo seremos. O assassinato de Marielle e a nossa capacidade, como sociedade, de fazer ou não justiça, representa essa encruzilhada. Essa é uma luta entre os Brasis que acreditam que as Marielles podem continuar sendo assassinadas sempre que deixarem o lugar subalterno que foi determinado às mulheres negras e os Brasis que acreditam que é preciso acabar com o racismo estrutural ou não teremos nenhuma chance de criar um futuro possível com todos os outros. Vidas negras importam, é isso o que estamos dizendo. Estamos dizendo também, junto com a Coalizão Negra por Direitos, que enquanto houver racismo não haverá democracia.

Marielle representa as periferias que reivindicam seu legítimo lugar de centro, representa tudo o que as forças autoritárias querem silenciar e apagar – também à bala. Não permitiremos!

Meu pequeno gesto diário, há 1000 dias, é resistência. Quando eu tuíto e posto no Facebook – Quem mandou matar Marielle? E por quê? – estou fazendo o pequeno, muito pequeno mesmo, gesto de levantar meu cartaz e fincar numa esquina movimentada de mundo. Se formos milhões pedindo todos os dias justiça por Marielle, nos moveremos nesse país. Em direção à vida, em direção à equidade racial, social, de gênero. Vamos todos, juntos, perguntar todos os dias, vamos todos exigir justiça para Marielle e Anderson, vamos todos afirmar em uma só voz: nenhuma/nenhum a menos.

#1000DiasSemMarielle

#1000DiasSemAnderson

#1000DiasSemRespostas

#1000DiasSemJustiça

#MariellePresente

 

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