O Assunto #709: Altamira – crimes e ruínas da floresta

O município mais extenso do país, no sudoeste do Pará, teve 12 assassinatos nas últimas duas semanas, todos com características de execução. Eles ocorrem num contexto de degradação social e ambiental diretamente associado às obras da hidrelétrica de Belo Monte, ao longo da década passada. Nesse período, a taxa local de homicídios se multiplicou por dez, entre outros indicadores deteriorados. Em conversa com Renata Lo Prete, a premiada jornalista Eliane Brum avalia que Altamira representa a vanguarda da destruição da Amazônia. “O que acontece aqui é uma espécie de crise climática localizada”, diz ela, hoje moradora da cidade. Também documentarista e escritora, seu livro mais recente é “Banzeiro Okotó: Uma viagem à Amazônia Centro do Mundo”, que investiga desastres socioambientais, principalmente na área do rio Xingu, que banha a cidade. Eliane descreve como vivem, nas periferias, “pobres urbanos” que foram expulsos de suas terras pela construção da usina. “Entender uma cidade amazônica é entender o que são as ruínas da floresta”, diz.

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O que Audálio Dantas fez com Carolina Maria de Jesus?

Uma opinião sobre o mais recente capítulo da história de uma das mais icônicas escritoras do Brasil e do jornalista que ela descobriu para que a ajudasse a ser publicada num dos países mais racistas do mundo.

Carolina Maria de Jesus, Audálio Dantas e Ruth de Souza na Favela do Canindé. São Paulo, 1961. COLEÇÃO RUTH DE SOUZA/ARQUIVO IMS (Reprodução do El País)

Carolina Maria de Jesus, Audálio Dantas e Ruth de Souza na Favela do Canindé. São Paulo, 1961.
COLEÇÃO RUTH DE SOUZA/ARQUIVO IMS (Reprodução do El País)

Leia no El País Brasil

Em novo livro, Eliane Brum fala sobre a devastação da floresta amazônica

Assim a incrível Andrea Dip, jornalista que admiro muito, abre sua coluna sobre meu novo livro no Universa Uol.

NOV-2021-BANZEIRO-CAPA


Andrea Dip
Colunista do UOL
08/11/2021 04h00

“Sempre me fascinou a maneira como algumas pessoas juntam letras e palavras —as mesmas que estão por aí, que são dadas a mim e a você— e elaboram algo totalmente novo, emocionante, que reverbera dentro do peito. Costumo dizer que existem frases e elaborações tão preciosas que tenho vontade de transformar em amuleto, guardar numa caixinha, para carregar junto ao corpo. Como em uma reação química, a junção desses elementos criam às vezes um diamante, às vezes uma explosão. “Banzeiro òkòtó: Uma viagem à Amazônia Centro do Mundo”, novo livro da jornalista, escritora e documentarista Eliane Brum, lançado recentemente pela Companhia das Letras, é essa revolução entre capas.”

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