Não sei como pessoas viraram coisas. Ou preferia não saber. Mas aqui estamos, a maioria obedecendo a Bolsonaro e “tocando a vida” como se não morressem centenas por dia.
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Não sei como pessoas viraram coisas. Ou preferia não saber. Mas aqui estamos, a maioria obedecendo a Bolsonaro e “tocando a vida” como se não morressem centenas por dia.
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Quando uma parte significativa da população aprova Bolsonaro e diz que ele não tem culpa nenhuma pela covid-19, essa parcela está fazendo a única política que conhece. Graças a essa adesão, Bolsonaro vislumbrou um caminho para ser reeleito e, pela primeira vez, cogita garantir sua popularidade peitando o teto de gastos e distribuindo renda para os mais pobres. Justo ele, que foi o único presidente da redemocratização que não citou a redução da pobreza num discurso de posse, está revendo momentaneamente sua posição. Quem conseguiu esse feito? Não foi a oposição nem foi a esquerda. Quem são os burros e os mal-informados?
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O que eu quero gritar. E gritei no festival organizado pelas Redes da Maré, em 27 de junho.